Há 30 anos, em junho de 1979, Capitão América nº1, um gibi em formatinho ( também chamado formato Pato ) com 52 páginas, chegava às bancas pelas mãos da Editora Abril. Com a história "Conspiração!" da dupla Stan Lee e Jack Kirby, nosso heroi, com o auxílio do Coronel 'Fúria' ( Nick Fury ) vai ao encontro de um androide, que foi construido a sua semelhança e foi programado para matar o Capitão e depois substituí-lo.
A envolvente narrativa de Lee e o final surpreendente, e mais corajoso do que vemos nos GIBIs atuais, nos fazem superar a TERRIVELMENTEPESSIMAHORROROSA coloração, onde a maioria dos quadrinhos foram pintados grosseiramente em duas ou tres cores e alguns em uma cor só. Essa maneira de pintar as histórias virou praxe no início da Editora Abril. ( a outra história de Capitão America nº1 é do 'maldito-traidor-cão imundo so infernos' Homem de Ferro ).
A Editora Abril começava, pela primeira vez, a desbravar o mundo dos super heróis. Os direitos de publicação da Marvel no Brasil estavam nas mãos da arquirrival RGE, que naquela época punha nas bancas Homem-Aranha, Incrível Hulk, etc. então a Abril ficou com o que a concorrente considerava o 'segundo escalão' da Marvel, coisa pouca tipo Capitão América, Homem de Ferro, Vingadores, Thor, Namor, Surfista Prateado...
Mas a Abril soube aproveitar essa oportunidade. Menos de quatro anos depois, em 1983, ela já detinha os direitos de todos os personagens Marvel e nas suas mãos a revista do Homem-Aranha atingiria tiragens de 250 mil exemplares, muito superiores as conseguidas pela RGE.
Capitão America nº1 é hoje uma relíquia que em sebos e sites de venda ultrapassa fácil a marca dos 100 reais, mas o seu valor histórico é bem maior. Esse GIBI marca o início da era de bronze dos GIBIs de super heróis Marvel e DC no Brasil: A Era Abril!
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