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terça-feira, 8 de julho de 2014

Fim de Festa...



Era uma vez um país chamado Brasil.

Com um povo muito sofrido, que vivia sem hospitais de qualidade, sem casa própria, sem emprego, sem infra estrutura, e principalmente sem escolas, mas que amava o futebol.

Iludido pelos políticos sem vergonha e corruptos, esse povo acreditou que a realização de uma Copa do Mundo, evento máximo do esporte que tanto gosta, resolveria seus problemas quase como em um passe de mágica. 

O legado dessa Copa seria o desenvolvimento nacional, mostrar aos outros países que conseguimos fazer acontecer e levar a nação ao patamar de "primeiro mundo".

O governo, então com o "aval" da nação começou a fazer os estádios. Foram usados valores suficientes para fazer centenas de hospitais, milhares de casas, centenas de escolas. Quando questionados, os governantes do Brasil falavam que não eram gastos e sim investimentos e que o retorno para a população seria algo incalculável.

Chegou a época da competição e além de alguns estádios inacabados e nenhuma obra que beneficiasse diretamente o povo, haviam sussurros de corrupção e super faturamento.
Mas agora é Copa do Mundo, a grande festa - deixemos esses "detalhes" para depois - diziam as autoridades, várias celebridades e até muitos órgãos de imprensa, que se beneficiavam com a realização do mundial.

Sim, uma imprensa que deveria ser os olhos, ouvidos e voz da população mas que pensando apenas nos lucros financeiros e políticos que o evento lhe daria, se fez de cega, surda e muda frente aos desvios e maracutaias realizados, alguns a olhos vistos, pelos governos federal, estaduais e municipais.

Começam os jogos, a seleção brasileira avança, a atenção do povo se foca no placar, nos dribles, nos gols e se afasta da dura realidade que cerca a maior parte das famílias do país.
Mas no momento decisivo, a seleção vacila e perde!!!
A realidade dura acoita a nação! 

O Brasil não será mais campeão!

Não, não é a fome, a falta de segurança, de saúde ou educação....

O sonho do título acabou, mas antes que o Brasil desperte é preciso achar um culpado para essa desgraça! Essa tragédia!!! Essa vergonha!!! 

( Mas e a falta de emprego? A falta de escolas de qualidade? A mortalidade infantil? A violência contra a mulher?? A perda de nossos recursos naturais??? Pessoas morrendo de fome ou sendo obrigadas a comer lixo para sobreviver?? Seria uma derrota esportiva mais grave para o povo mais grave do que essas e tantas outras mazelas que afligem diariamente tantos brasileiros??? )

É, sem a educação necessária para distinguir o que é realmente importante na vida, esse povo sofrido passa os próximos dias buscando um jogador para crucificar e ser o responsável pela vida infeliz que milhões de brasileiros viverão pelo menos nos próximos 4 anos de suas vidas.

E assim, anos, décadas se passam. Os brasileiros da época já envelheceram, muitos morreram, assim como os jogadores, os políticos.... mas uma pergunta ainda não foi respondida:

Como pudemos deixar, após 64 anos, que tudo isso se repetisse novamente agora, em 2014???

A resposta? 
Dê sua resposta na urna nas próximas eleições ( e quebre esse círculo vicioso que o Brasil vive )

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Gibi Novo - A Novela - Conclusão

Sinceramente?
Quanta soberba!
Quanta arrogância!!

Mas aqui no Brasil é assim mesmo!
O Brasil é o país dos monopólios e das panelinhas!
Existem editoras que se acham! Elas se sentem os donos da cocada preta. 

Elas produzem o material e as lojas e os colecionadores/leitores  passam a ser seus reféns.
Quer ler? 
Tem que ficar quietinho! 
Tem que dizer amém a tudo!



Eles pisam na bola, e você é que é o errado!
Eles faltam com a palavra, e você é quem tem que pedir desculpas!
Eles te dão prejuízo, e você é que tem que ouvir xingamentos!!!

Pois eu não vou ficar quietinho depois de tudo que passei e principalmente depois de tudo que ouvi.

Peço desculpas aos meus amigos e clientes que contavam conosco para continuar a sua coleção de The Walking Dead. 

O Sebo TOP GIBI se esforçou para ampliar sua capacidade em atendê-los com o carinho e o respeito de sempre. Infelizmente existem editoras que não dão valor aos pequenos consumidores, que trabalham para os que tem mais poder e influência priorizando os clientes deles em detrimento dos dos outros.



Para finalizar:
Depois de toda essa confusão e quase 40 dias de atraso, quando os gibis que comprei finalmente chegaram, estavam faltando 30 gibis na caixa ( acho que esse foi o meu BÔNUS - rsrs!!! )



Este TOP OPINIÃO foi excepcionalmente dividido em várias partes pois fomos orientados pela direção de uma grande editora de gibis do Brasil ( de uma maneira muito "gentil e educada", diga-se de passagem ), que textos longos e verdadeiros podem ofender a sensibilidade frágil das pessoas que carregam peso na consciência...
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Gibi Novo - A Novela Parte 4

Recebi um e-mail da editora com um código de rastreio dos Correios que, de acordo com a HQM seria dos meus produtos. Ao conferir no site oficial dos Correios qual foi a minha "surpresa" quando vi que os produtos relacionados a aquele código já haviam sido entregues na Avenida Paulista - SP?? ( lembrando que minha loja fica em Campinas, interior de São Paulo ).

Após mais uma reclamação minha e com o atraso chegando a 1 mes, avisei a direção da editora que iria dar uma satisfação os meus clientes, avisando quem realmente os estava impedindo de ler seus gibis ( até aquele momento nós estávamos assumindo toda a responsabilidade pela falta dos produtos ).

Em resposta, quase imediata a este e-mail ( pela primeira vez nesse caso uma atitude ágil ) a direção da editora me pediu um número de telefone para que pudessem me ligar e "resolver isso em definitivo" o problema. Foi informado o número da loja e os horários que eu poderia ser encontrado.


No dia seguinte, dentro de um desses horários, recebi o fatídico telefonema. 

Nele um representante da editora HQM se encarregou, em constante gritaria, de me "dizer" que erros acontecem, e que, mesmo com uma demora de mais de 1 mês, eu não tinha o direito de reclamar, muito menos o de ter reclamado tanto. Disse também que meus e-mails desestabilizavam o ambiente da editora e que escrever e-mails com textos longos "não é coisa de homem".

Minha surpresa foi enorme! Eu acreditava que, o telefonema que receberia seria para entrarmos em um acordo conciliatório, com ele se desculpando por toda essa bagunça que eles armaram e me informando finalmente quando eu iria receber os gibis para atender meus clientes. 

Jamais pensei que o telefonema fosse para me ofender e tentar me transformar no vilão dessa história.

Quando tentei falar alguma coisa, minha voz foi abafada por berros estridentes de:

"VAI SE FUD*&R!!!  CALA ESSA BOCA!!!  VAI SE FUD*&R!!!  CALA ESSA BOCA!!!
VAI TOMAR NO SEU C*&!!!!  VAI SE FUD*&R!!!  CALA ESSA BOCA!!!
VAI SE FUD*&R!!!  CALA ESSA BOCA!!!  VAI SE FUD*&R!!!  CALA ESSA BOCA!!!
"

E não importa o quanto eu quisesse argumentar, os berros só se tornavam mais altos e mais descontrolados.

Sem ter como falar me resumi a ouvir e ele me disse que iria fazer o envio do que eu já havia pedido e foi aí que ele disse:

"VOCÊ ESTÁ PROIBIDO DE COMPRAR NOVAMENTE AQUI!! EU VOU DEIXAR AVISADO!! EU NUNCA MAIS VOU VENDER PRA VOCÊ!! NUNCA MAIS VOU VENDER PRA ESSA BOSTA DE TOP GIBI!!!"

Quando novamente tentei argumentar ele me interrompeu dizendo:

"CALA ESSA BOCA!!! VOCÊ É MUITO CHATO!! EU NÃO VOU MAIS VENDER!!! VOCÊ ME MANDOU UM E-MAIL A 1:00 DA MANHÃ!!! ISSO NÃO É COISA DE HOMEM!!!  EU NÃO PRECISO DO SEU DINHEIRO!!!"

E logo depois bateu o telefone na minha cara.

*Faço questão de destacar que, em momento nenhum, seja em meus e-mails, seja durante o telefonema, nem mesmo agora, escrevendo este texto, eu fui grosseiro, mal educado, nem utilizei xingamentos, ofensas nem gritei com ninguém.
Meu PAI e minha MÃE não me deixaram dinheiro, casas, empresas nem nenhum tipo de bens materiais. Mas eles me deram o mais importante: 
EDUCAÇÃO
Me deram a consciência de que todos devem ser tratados com respeito, com educação. Que ética, honestidade, cumprimento da palavra dada, gentileza e tantas outras coisas não são brincadeira. São atitudes que devemos ter para sermos respeitados e levados a sério.
Sei que muitas vezes dá vontade, mas eu não vou desonrar a memória deles agindo como um desqualificado de porta de botequim, como um indigente criado na rua... eles merecem muito mais do que isso.


Este TOP OPINIÃO foi excepcionalmente dividido em várias partes pois fomos orientados pela direção de uma grande editora de gibis do Brasil ( de uma maneira muito "gentil e educada", diga-se de passagem ), que textos longos e verdadeiros podem ofender a sensibilidade frágil das pessoas que carregam peso na consciência...
 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Gibi Novo - A Novela Parte 3

Um e-mail cheio de pedidos de desculpas ( ele até me prometeu um bônus pelo atraso - vou contar mais a frente que tipo de bônus que eu recebi ), e com um compromisso de que me enviaria os gibis ( comprados e pagos há 20 dias ) em até 3 dias a partir daquela data.

Mas esse e-mail tinha também duas declarações que iniciavam a esclarecer o porque dessa situação ( textos em destaque são transcrições literais do e-mail que recebi. 


"Verificarei amanhã se seu pedido realmente foi enviado."
Mesmo após 20 dias do pagamento e de vários e-mails, a pessoa responsável por trabalhar os pedidos dos lojistas NÃO FAZIA IDEIA sequer se o pedido havia sido enviado ou não. Não sabia se o material foi separado, não sabia onde ele estava, qual era o status, enfim, não sabia NADA.


"peço desculpas também por não ter dado prioridade aos seus e-mails."
Essa declaração foi a que realmente me decepcionou. Essa frase diz muitas coisas. Diz que meus e-mails chegaram, que foram vistos, mas que não geraram importância suficiente para que fossem sequer respondidos e que existe sim prioridade para o atendimento dentro da editora.




Mas o que seria mais urgente do que atender um cliente? Um que é um divulgador do seu produto? Que já pagou pelo produto?
Uns dizem que seria atender os clientes maiores, com mais dinheiro, com mais influência no mercado, com mais poder... Eu não sei...
Só sei que os dias compromissados se passaram e novamente nem produto, nem contato. 


Pergunto a vocês: Que tipo de cliente é tão insignificante a ponto de nem mesmo ser dígno de receber um simples e quequeno e-mail de satisfação ( não vou nem falar de ser agraciado com o cumprimento dos prazos e acordos )??
Respondo a vocês: Um que seja considerado tão pequeno, tão invisível, para que uma poderosa editora não se de ao imenso trabalho de algumas linhas digitadas... uma loja que seja vista como "menos que um cliente", como inferior as outras, como relé??


Pergunto novamente: Se uma editora é capaz de enxergar assim uma loja, como ela enxerga os clientes dessa loja?? Clientes que consomem os seus produtos através dela???
Respondo: Como lixo!! Como sub-gente! Como pessoas que não merecem ter a honra de consumir seus produtos!! Como seres inferiores e desprezíveis!!! Como menos que nada!...


Com o problema nessa situação só me restou enviar e-mail a HQM dizendo que "os bastidores" realmente pareciam ter razão e que eu iria fazer uma visita ao PROCON para que eles solucionassem essa novela.


Foi aí que a coisa esquentou...


Continua
...


Este TOP OPINIÃO foi excepcionalmente dividido em várias partes pois fomos orientados pela direção de uma grande editora de gibis do Brasil ( de uma maneira muito "gentil e educada", diga-se de passagem ), que textos longos e verdadeiros podem ofender a sensibilidade frágil das pessoas que carregam peso na consciência...
 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Gibi Novo - A Novela Parte 2

Após tentar fazer o pedido no site ( que mais uma vez apresentou problemas ) resolvi entrar em contato diretamente com o pessoal da editora, como fazia antes da implementação do site, via e-mail e fiz o pagamento do pedido.

Como no pedido anterior, eu não recebi a confirmação da compra e os dias foram passando, os meus clientes perguntando e eu sem ter o que dizer devido ao silêncio da HQM com os meus e-mails.


Cheguei a enviar um e-mail informando a editora que, se essa demora se alongasse, meus clientes procurariam o produto em outro lugar me causando prejuízos.




Após o envio de vários e-mails pedindo informações e passados vários dias da compra e do pagamento, resolvi, além de pedir uma posição, uma simples resposta os meus e-mails, falei a eles que, em conversas com outros lojistas aqui de Campinas e de São Paulo, o que ouvi a respeito da editora foi desanimador. 


O que corria nos "bastidores" era que a HQM não gostava de vender para as lojas pequenas, que a sua atenção estava voltada para as grandes lojas, que faziam grandes compras, envolvendo grandes valores. 

Falei também que, apesar de não acreditar ( ainda ) nesses relatos, estes, somados a atitude da editora em ignorar completamente um cliente que adquiriu seus produtos e já até havia pago por eles há dias, me preocupava.


Também avisei que na falta de contato usaria o Facebook para tentar resolver esse impasse ( pra não chamar de coisa pior ).
Depois dessa "ameaça" de contactá-los via Facebook, finalmente recebi uma resposta. 


Nesse contato a direção da editora me informou que estava tudo confuso lá pois um dos seus integrantes havia passado por um grave problema particular mas se compromissaram a resolver o meu caso em até 24 horas.


Também fui informado que os "boatos" eram totalmente inverídicos e que eles realmente se preocupavam em atender a todos de maneira igual, seja grande ou pequeno.


No dia seguinte a "solução" veio em forma de um e-mail do funcionário responsável pelos pedidos na HQM


Continua...




Este TOP OPINIÃO foi excepcionalmente dividido em várias partes pois fomos orientados pela direção de uma grande editora de gibis do Brasil ( de uma maneira muito "gentil e educada", diga-se de passagem ), que textos longos e verdadeiros podem ofender a sensibilidade frágil das pessoas que carregam peso na consciência...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Gibi Novo - A Novela Parte 1

Olá, amigos

Muitos clientes, aqui da loja, vem há quase 1 mês me perguntando porque não tenho mais material de The Walking Dead disponível. Acabei de receber um telefonema muito curioso que explica essa situação. Foi um telefonema da chefia da HQM, editora que produz os gibis The Walking Dead no Brasil.


Em quase 30 anos de trabalho no comércio dos mais variados tipos de produtos e serviços, eu JAMAIS recebi um telefonema tão MAL EDUCADO, tão GROSSEIRO ou com tantos PALAVRÕES e OFENSAS como este.
A pessoa que me ligou estava totalmente descontrolada, gritou o tempo todo, não queria me deixar falar e desferiu vários "#ŸŸ͔&DA-SE!!!", "VAI TOMAR NO SEU &#!!!", entre outros.

Qual a razão pra tudo isso? E o que esse telefonema totalmente descabido e anti profissional tem a ver com a falta de The Walking Dead aqui na loja??

Vamos explicar:
Há alguns meses decidi aumentar o leque de produtos disponíveis na loja e atender uma solicitação cada vez maior por gibis novos. Me surpreendi, ao contactar as editoras e distribuidoras, com a quantidade de impecílhos impostos por elas para atingir esse objetivo.
A única editora que me abriu as portas com mais facilidade foi a Mythos, que recebeu com alegria a oportunidade de ter mais um ponto de venda de seus produtos.

Outra editora que conseguimos começar a negociar foi a HQM. Isso depois de alguma insistência por nossa parte, já que ela queria que comprássemos seus produtos através de uma de suas distribuidoras ( algo que se mostrava quase impossível na época - mas isso é assunto para um futuro TOP OPINIÃO ).

Fazíamos os pedidos por e-mail e tudo ia bem, o penúltimo pedido ( já pela loja da HQM - em um sistema exclusivo para lojistas ) apresentou problemas de comunicação e atraso de envio. Mas no mais recente e literalmente último pedido é que as coisas se complicaram.

Continua...

Este TOP OPINIÃO foi excepcionalmente dividido em várias partes pois fomos orientados pela direção de uma grande editora de gibis do Brasil ( de uma maneira muito "gentil e educada", diga-se de passagem ), que textos longos e verdadeiros podem ofender a sensibilidade frágil das pessoas que carregam peso na consciência...

sábado, 1 de junho de 2013

Coragem pra Encarar

O título dessa matéria foi retirado da música "Viagem ao Fundo do Ego"  do grupo Egotrip e ela vem muito bem a calhar para o que preciso escrever hoje.

Ao abrir o blog para preparar novas matérias me deparei com um comentário aguardando moderação. A moderação no Blog TOP GIBI foi instalada quando, há alguns anos atrás, uma pessoa começou a fazer críticas sem sentido nos comentários. Apesar das críticas serem sem fundamento, pessoais e grosseiras o que mais me motivou a instalar foi o fato de que elas vinham de um "Anônimo".

Hoje o comentário que aguardava moderação ( sobre o TOP OPINIÃO 2 ) não eram grosseiras mas eram de autoria do "Leitor X".

Leitor X????

O que é isso? 

Alguma piada ou uma epidemia de covardia???

Primeiro o Vigia, depois o Questão e agora esse Leitor X???

Onde está a coragem!!! 
Coragem pra dizer o que pensa sem se esconder!!! 
Coragem pra defender seus argumentos "olho no olho"!!!! 
Coragem pra encarar de frente as consequências de suas palavras!!!

Estamos vivendo uma era de BUNDÕES!!! Uma era de pit boys, que só são homens ( no mais importante sentido dessa palavra ) quando estão em bando, com uma arma na mão ou quando estão protegidos pela internet!!!!

Vigia, Questão e Leitor X, vocês são uma vergonha para nós, leitores, colecionadores, comerciantes e amantes dos Gibis!!! Uma escória que vive nos esgotos e como ratos, se esgueiram por entre os sites, blog e Faces.

Algo deve ser feito para limpar a cidade de criaturas asquerosas como vocês e eu tenho certeza que será!!!

sábado, 25 de maio de 2013

TOP OPINIÃO - 2

Campinas precisa de um Vigia???

Há alguns meses surgiu na internet um cara que se autodenominava Vigia Uatu e dizia que o mercado de gibis de Campinas estava corrompido. Ele escolheu uma "identidade secreta" pois temia represálias ( inclusive violentas ) por parte dos donos e/ou funcionários das lojas que ele denunciasse. 

Ele também dizia que as lojas que vendiam gibis na cidade estavam divididas em dois tipos: As que tratavam os gibis como lixo ( escrevendo preços na capa, colando etiquetas, não colocando em plásticos, armazenando de forma a deformar, etc ) e as lojas que exploravam os compradores com preços absurdos.

O Vigia anunciou que sua missão era "botar ordem na casa", denunciando as lojas que praticassem os comportamentos acima e orientando os compradores.

Uma missão nobre e relevante. Como colecionador que sou, sei da importância de existir um mecanismo ( uma entidade ou uma pessoa ) que incentive os comerciantes a aumentar a qualidade e diminuir os preços.

Mas, proporcional ao tamanho da missão deve ser o tamanho da qualificação da pessoa que a irá realizar. E para realizar uma missão como essa que o Vigia se propôs, é necessário ter conhecimentos de gibis, do mercado, de administração, do funcionamento das lojas, de vendas, etc. Mas o mais importante para poder se avaliar as lojas de gibis é ter honestidade, ética, critérios estabelecidos, iguais para todos e rigorosos e, principalmente imparcialidade. Isso se sua intenção é a de melhorar o mercado e trabalhar pelos interesses dos compradores, incentivando os lojistas a melhorarem e valorizarem os gibis nas suas lojas.

Infelizmente todas essas expectativas no trabalho do Vigia foram em vão. Escondido na "invisibilidade" da internet, o Vigia abusou dos comentários pessoais com as lojas, e em nenhum momento fez uma avaliação que possa ser considerada útil ou relevante.

Explicando: em uma "avaliação séria" o Vigia deveria visitar TODAS as lojas que vendem gibis ( sebos, comic shop, bancas, stands, etc ) e, utilizando os MESMOS critérios de avaliação e classificação, levantar quais são os pontos fortes e os pontos fracos desses estabelecimentos. Depois disso, divulgar ( ou só aos lojistas ou aos lojistas e ao publico em geral ) para que, principalmente os pontos fracos pudessem ser analisados e resolvidos pela equipe de cada loja para que se possa ter lojas melhores.

Ao invés disso ele limitou uma cidade que tem mais de 30 pontos de venda de gibis ( fora as bancas de novos ) a 4 lojas, desprezando e desmerecendo o trabalho de muitas pessoas que, há anos trabalham com gibis. Além disso ele pegou essas 4 lojas e iniciou um processo de incitação  a raiva e a desavença entre suas equipes. Uma rivalidade que caminha para o ódio.

O mercado e os compradores não ganham nada com uma guerra entre os donos de lojas.

Também há outra pergunta a ser feita. Será que o Vigia REALMENTE visita as lojas para avaliá-las?? Ou somente usa de seu gosto pessoal e de algum rancor particular para criticar?? Afinal, escondido de forma covarde atrás de um personagem de gibi, sem se saber quem ele é, também não há como saber se ele REALMENTE frequenta as lojas e sequer se ele REALMENTE é um comprador de gibis ( ou só um bicão )...

Como ele não se identifica, como saber quais são as suas VERDADEIRAS intenções?? Será que seu objetivo não é EXATAMENTE o de criar esse clima ruim e a desavença???

Isso nos traz de volta a nossa questão inicial:
Campinas precisa de um Vigia???

Desse jeito? Não!
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

TOP OPINIÃO - 1

Qual a diferença entre evento e feirão??

Ontem me fizeram essa pergunta. E, apesar de já ter respondido a quem me perguntou achei que o assunto era interessante para estrear o TOP OPINIÃO.

Bom, um evento é promovido por colecionadores ou fãs, ele é feito para que os colecionadores ganhem. É feito visando atrair para um mesmo local comerciantes dispostos a baixar os preços e aumentar a qualidade e a variedade. É feito para mostrar AO MERCADO que existem colecionadores/fãs do gênero e que eles querem e precisam ser respeitados e valorizados. Mostrar AO MERCADO que ele deve se mexer para atender esses colecionadores. Mostrar que quem compra não precisa ficar na dependência de um ou dois comerciantes para completar a sua coleção.

Um evento para o comerciante é a oportunidade dele medir o mercado e descobrir se pode e/ou deve aumentar seus investimentos nesse setor.  A oportunidade para as lojas que já trabalham no setor serem  incentivadas a aumentar seu acervo, a baixar os preços, a fazer propaganda do que tem, enfim, ela será incentivada a investir no colecionismo.

E para muitos colecionadores um evento é a oportunidade não só de fazer boas compras nessas lojas mas de fazer boas trocas e vendas com outros colecionadores, além de fazer muitas amizades.
 
Quando um feirão é promovido por uma loja, o objetivo é lucrar. É concentrar o máximo de colecionadores em um só local e vender a imagem de que, se não comprar com ele, vai estar fazendo um péssimo negócio, que terá imensas dificuldades em encontrar o produto novamente ( impossível em outro lugar ). Restringindo a variedade e a quantidade, iludindo com preços que não são tão competitivos e criando uma "fidelidade" através da necessidade ( ao invés da qualidade, do atendimento, dos preços, etc ).


Isso quer dizer que um é bom e o outro ruim?? Não, de jeito nenhum. Eles só são diferentes no conceito e na sua finalidade. O colecionador/leitor, se conhecer esses dois pontos, pode usufruir e bastante desses dois tipos de encontros.

Temos ótimos exemplos tanto de eventos ( Festival Internacional de Quadrinhos, Mercado das Pulgas ) e de feirões ( Fest Comix ) que já acontecem há anos e atendem muito bem as expectativas.

E cada um tem a sua função e importância para o mercado e deve ser valorizado e visitado por todos os que gostam do colecionismo em geral.
 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Revolução Panini Pt1


Nós do Blog TOP GIBI sempre procuramos falar aqui sobre GIBIs buscando assuntos curiosos, e com uma linguagem descontraída e divertida. Mas hoje é dia de falar sério.





A Revolução Panini Pt1



A REVOLUÇÃO - O QUE É?



De acordo com a Panini, uma reestruturação na linha editorial dos GIBIs Marvel/DC publicados por ela, visando baratear o custo para os seus leitores.



MARVEL
Hoje temos 10 títulos: Homem-Aranha, Marvel Millennium - Homem Aranha, X-Men, X-Men Extra, Wolverine, Novos Vingadores, Avante, Vingadores!, Reinado Sombrio, Marvel Max e Universo Marvel.
Todos mensais e tinham 100 páginas por R$ 7,95 e mix com 4 histórias



Com a reformulação ficam 11 títulos:
7 gibis mensais de 76 páginas - R$6,50 e mix com 3 histórias
Homem-Aranha
X-Men
Wolverine
Novos Vingadores
Reinado Sombrio
Ultimate Marvel ( Nova - Que na prática substitui Marvel Millennium - Homem Aranha )
Homem de Ferro ( Nova - Que na prática substitui Marvel Max )



2 gibis mensais de 148 páginas - R$14,90 e mix com 6 histórias
Universo Marvel
X-Men Extra



2 gibis bimestrais de 148 páginas - R$14,90 e mix com 6 histórias
Avante, Vingadores!
A Teia do Homem-Aranha ( essa realmente nova )
 
DC
Hoje 'temos' 6 títulos:Superman, Batman, Liga da Justiça, Dimensão DC - Lanterna Verde, Novos Titãs que acabou em abril e Superman & Batman que acabou em fevereiro .
Todos mensais e tinham 100 páginas por R$ 7,95 e mix com 4 histórias



Com a reformulação ficam 6 títulos:
4 gibis mensais de 76 páginas - R$6,50 e mix com 3 histórias
Superman
Batman
Liga da Justiça
Dimensão DC - Lanterna Verde



2 gibis mensais de 148 páginas - R$14,90 e mix com 6 histórias


Universo DC ( que já existiu e volta com nova numeração para o lugar de Novos Titãs )
A Sombra do Batman ( que vem para o lugar de Superman & Batman )
 


A ENTREVISTA






Ontem recebemos um e-mail do nosso amigo Mr.G com um link para esa entrevista dada ao site Omelete por Hélcio de Carvalho editor da Panini Comics. Pra muitos é uma entrevista duvidosa, onde o editor procura falar pouco, mas se prestarmos atenção veremos que essa entrevista diz muito:


Para que os leitores e amigos do Blog TOP GIBI possam entender claramente o que foi falado e analizar junto conosco o que foi 'dito' exibiremos abaixo a entrevista na íntegra.






Editor da Panini Comics explica mudanças e rebate críticas de leitores
Helcio de Carvalho concede entrevista exclusiva ao Omelete
13 de Abril de 2010



Érico Assis



OMELETE: Qual é o perfil do leitor brasileiro de quadrinhos? Por que essas mudanças se adaptam a esse perfil?
Helcio de Carvalho: O leitor de quadrinhos médio brasileiro tem entre 15 e 35 anos. Costuma comprar quase todas as edições mensais publicadas pela Panini, bem como algumas edições especiais. Logicamente, com revistas mais baratas, ele terá a opção de consumir mais. E há também aquele leitor que passa de vez em quando por uma banca de jornal só para dar uma olhada no que vem sendo publicado. Se algum título o atrai e apresenta um preço convidativo, muito certamente ele sai da banca levando a revista.





OMELETE: Na ponta do lápis, as mudanças representam um aumento de preço em relação à quantidade de conteúdo. Gibi mais barato, mesmo com menos páginas, vende mais? E por quê?
Helcio de Carvalho: A maioria dos leitores já deixou bem claro que compraria mais se as revistas fossem mais baratas. Entretanto, reduzir a quantidade de páginas não significa apenas dividir o valor do custo da revista com mais páginas e multiplicar pela quantidade de páginas da revista de menor número. O custo gráfico de uma publicação varia de acordo com a quantidade de páginas, mas é evidente que a diminuição de preço é muito mais atrativa para aquele leitor que está acostumado a desembolsar uma certa quantia em dinheiro e que acaba não ficando satisfeito por encontrar histórias de personagens que não curte tanto assim. Então, ao reduzirmos a estrutura das revistas para 3 histórias por edição, estamos deixando o mix mais de acordo com o que o leitor aprecia.




OMELETE: Mesmo com a baixa do dólar, o preço de produzir quadrinhos aumentou? Por quê?
Helcio de Carvalho: Bom, o preço da gasolina e do álcool aumentam constantemente e não baixam só porque o dólar ficou mais barato. Outros custos são envolvidos nessa equação. Vamos exemplificar: temos a gráfica, com seus funcionários e seus custos operacionais, importação de papel, custos editoriais, custos fiscais, impostos e taxas, custos de distribuição, custos de divulgação, pagamento aos donos de bancas e livrarias, custos de arquivos digitais, pagamentos de royalties, compra de softwares originais, aquisição e atualização de equipamentos...
Produzir quadrinhos não é barato. Em lugar nenhum do mundo. É só colocar na ponta do lápis que qualquer um pode ver isso. Tanto a Marvel quanto a DC Comics aumentaram recentemente o valor de suas revistas, as quais têm apenas 36 páginas (incluindo as capas), podendo chegar a U$ 3,99, o que, convertido pela cotação mais baixa do dólar, daria por volta de R$ 6,95. Detalhe: são apenas 22 páginas de quadrinhos! Uma revista mensal da Panini como Superman, por exemplo, passará a custar R$ 6,50, apresentando 3 histórias. Se um leitor comprasse três revistas importadas, teria que desembolsar R$ 20,85. Veja que diferença brutal! Então, sim, os leitores saem ganhando com isso. Por último, não podemos esquecer que a Panini manteve suas revistas sem rajustar preços de 2005 até 2008 -- fato absolutamente inédito nesta país.




OMELETE: Os leitores reclamam muito do atraso de material, principalmente de edições especiais, encadernados e outros. Por que isso acontece e quais são os planos para remediar este problema?
Helcio de Carvalho: Edições especiais costumam atrasar por diversos motivos que fogem à nossa vontade. Por exemplo, em certa ocasião, decidimos publicar um material antigo da Marvel. Porém, perto da época de tradução e letreirameno, fomos surpreendidos com a notícia de que a editora americana não tinha os arquivos digitais e estava digitalizando a publicação naquele momento. Ou seja, tivemos de esperar. Em outros casos, como a minissérie "Grandes Astros: Batman & Robin", tomamos a decisão de publicar depois que já tinham sido lançadas várias edições. Infelizmente, o roteirista Frank Miller parou de produzir histórias e o artista Jim Lee afirmou que só voltaria a desenhar quando tivesse o roteiro de duas edições completas. Graças a Deus, parece que finalmente estão acertando isso lá na DC.
De qualquer forma, uma medida que adotamos para sanar certos problemas foi publicar apenas o que já tivesse arquivos digitais. E, principalmente, arquivos digitais de títulos lançados ou republicados há não muito tempo, pois existe uma grande diferença na forma como certas edições são digitalizadas. Em produtos mais recentes, a arte recebe um tratamento melhor e chega até a passar por recolorização.





OMELETE: Outra reclamação é a opção por capa dura em lançamentos para livraria, que encarecem material (como Preacher, ZDM e outros) que no original não recebiam esse tratamento gráfico. Por que manter essa opção?
Helcio de Carvalho: Isso é relativo, já que Preacher está saindo recentemente nos Estados Unidos somente em capa dura. E há também o fato de que a Panini decidiu atuar no segmento de livrarias com um diferencial na qualidade gráfica. O público de banca e o de livraria já demonstrou ser diferente, mais exigente. Daqui para a frente, alguns produtos designados para livrarias e lojas especializados poderão sofrer uma flexibilização no acabamento final. E estamos sempre avaliando formas de reduzir preços. A linha Panini Books com certeza trará boas novidades no curto prazo também.





OMELETE: Outros recursos, como distribuição digital, impressão sob demanda, vendas online direto com a editora ou outros foram considerados? Ou o mercado brasileiro não tem fôlego para sair do tradicional gibi de banca?
Helcio de Carvalho: Além do nosso mercado não comportar essas mudanças, nada se compara a ler um gibi em papel. A grande maioria de nossos leitores prefere comprar seus gibis impressos, para guardá-los na estante, como ítens de colecionador, não em HDs ou aparelhos com recurso de leitura digital. O leitor médio brasileiro não necessariamente tem acesso à Internet em sua residência ou a equipamentos mais sofisticados, como o recente iPad, dependendo de lan houses para acessar o mundo da informática. Se tudo tudo virasse digital, ele com certeza não poderia acompanhar o que publicamos. Impressão sob demanda é uma possibilidade, mas não a curto prazo.




OMELETE: Existe algum dado de quanto a pirataria afeta o mercado de quadrinhos no Brasil? A "revolução" é comparada pelos leitores às mudanças editoriais falhas testadas pela editora Abril nos anos 90 e início deste século. Como a Panini responde a estes comentários?
Helcio de Carvalho: Não temos como mensurar o quanto a pirataria afeta o mercado de quadrinhos. Mas, por exemplo, se alguém escaneia Lanterna Verde #1, disponibiliza na internet e, consequentemente, mais 50 pessoas baixam a revista, 50 exemplares deixam de ser vendidos, pois é pouco provável que quem lê uma revista pirateada và até uma banca para comprar a mesma publicação depois de lida. Citando um outro exemplo, no caso as locadoras de DVDs, muitas estão fechando as portas, pois não conseguem competir com os piratas. O produto pirata não paga impostos, não precisa arcar com custos de funcionários, não precisa investir em marketing e nem se preocupar com qualidade. O pior é que, em última instância, o produto pirata acaba inviabilizando o modelo pirateado e, dentro de algum tempo, pode não existir mais nada para piratear.
É interessante perceber que a grande maioria dos leitores que vão a um site comentar algo sobre quadrinhos (como aconteceu em relação à divulgação das mudanças editoriais da Panini) são leitores de scans e afirmam que já não leem HQs impressas!
Cada período deve ser visto dentro de seu contexto. Quando a Abril lançou a linha Premium, há 10 anos (note bem a distância temporal e histórica), os quadrinhos se tornaram caros demais para aqueles que não tinham um poder de consumo mais elevado. Infelizmente, isso acabou afastando muita gente das HQs e o mercado encolheu. O que a Panini está tentando agora, assim como já fez em outras oportunidades, é trazer cada vez mais leitores a esse universo reduzindo preço de capa, oferecendo ainda mais qualidade em opções de produtos.




A seguir:




A Revolução Panini Pt2
 
OPINIÃO - TOP GIBI
ANALIZANDO A REVOLUÇÃO E A ENTREVISTA




A Revolução Panini Pt2


A Revolução Panini Pt2
 
OPINIÃO - TOP GIBI
ANALIZANDO A REVOLUÇÃO E A ENTREVISTA











Primeiro vamos à Revolução ( na ponta do lápis )











Marvel - antes
10 gibis mensais de 7,95 ( 1.000 páginas - R$79,50 )






Marvel - agora
7 gibis mensais de 6,50 ( 532 páginas - R$45,50 )
2 gibis mensais de 14,90 ( 296 páginas - R$29,80 )






mais
2 gibis bimestrais de 14,90 ( 296 páginas - R$29,80 )







se comprar um bimestral por mes
total ( 976 páginas - R$90,20 )
( -24 páginas e +R$10,70 )







histórias: antes 40 - depois 39 - diferença -1
custo medio
por história: antes R$1,98 - depois R$2,20 - diferença +R$0,22
 
   
DC - antes
6
gibis mensais de 7,95 ( 600 páginas - R$47,70 )







DC - agora
4 gibis mensais de 6,50 ( 304 páginas - R$26,00)
2 gibis mensais de 14,90 ( 296 páginas - R$29,80 )
total ( 600 páginas - R$55,80)
( +00 páginas e +R$8,10 )

histórias: antes 24 - depois 24 - diferença 00





custo medio por história: antes R$1,98 - depois R$2,32 - diferença +R$0,34  











Como podemos ver, no caso dos GIBIs DC não houve aumento de número de GIBIs, nem no total de páginas, nem no número de histórias. A 'revolução' só atingiu o preço total, que aumentou.




Com os GIBIs da Marvel é ainda pior. Apesar de aumentar de 10 para 11 o número de GIBIs, na prática com os 2 bimestrais continuamos com 10 edições por mes. Mas a 'revolução' nos trouxe a perda de, no total mensal, 24 páginas, 1 história e o aumento de preço.





Para algo que visava baixar os custos para atrair novos leitores a pratica se mostrou diferente da "intenção".





Agora vamos a entrevista:





Nossa intenção é a de mostrar 'o muito que foi dito quando quase nada foi falado'.





PERGUNTA 1





O editor fala que o 'perfil do leitor brasileiro' é "ter entre 15 e 35 anos" ( eu já estou fora ) e que "compra quase todas as edições mensais publicadas pela Panini, bem como algumas edições especiais". Sinceramente, isso lá é perfil que um editor chefe da maior editora de GIBIs do Brasil apresente!!! E quanto a perguntas como quem compra seus GIBIs? Quantas pessoas lêem os GIBIs que ele compra além dele? Quais os generos de GIBI que consome? Ele coleciona ou só lê?





Existem diversas outras perguntas que precisariam ser respondidas para se ter o 'perfil do leitor brasileiro'. E mesmo que alguém diga que eles estavam falando, na realidade do 'perfil do leitor DE GIBIS DE SUPER HEROIS DA PANINI brasileiro' ( o que faria uma grande diferença ) a resposta dada não tem como ser suficiente.




No complemento ele diz que "Logicamente, com revistas mais baratas, ele terá a opção de consumir mais". Bom, as contas mostram que, LOGICAMENTE, ele está errado, pois se o preço individual está menor, o preço em conjunto está maior, portanto se alguuém hoje não consegue comprar muitos GIBIs com a reformulação ele comprará menos ainda.








PERGUNTA 2




Não precisa ser nenhum gênio ( nem fazer uma pesquisa de qualidade ) para se saber que a maioria dos leitores "compraria mais se os GIBIs fossem mais baratos". Ou vai dizer pra mim que eu vou achar alguém que está esperando o preço aumentar pra começar uma nova coleção???




Continuando, nosso amigo editor mostra que pode ser um bom editor ( há controvérsias ) mas que não entende nada sobre os seus consumidores. Existe algo que se chama 'custo benefício'. Isso é o resultado entre o valor que se paga e a qualidade/quantidade do produto que se recebe. E a conta, no caso dos GIBIs é exatamente o preço do GIBI pelo número de páginas ou de histórias. Isso é uma conta que todo o consumidor faz ao compra algo ( e toda boa empresa faz também ).




"Ao reduzirmos a estrutura das revistas para 3 histórias por edição, estamos deixando o mix mais de acordo com o que o leitor aprecia" Certamente, pois o complexo 'perfil do leitor brasileiro' levantado pelo editor, mostra com clareza que a maioria dos leitores queriam que eles cortassem essas histórias dos GIBIs ( que histórias são mesmo?? Ninguém sabe.. )








PERGUNTA 3




Três pontos distintos nessa pergunta:




1) Engraçado como quase toda a resposta são justificativas atras de justificativas sobre como produzir GIBIs é caro, como a gasolina subiu, como é caro a gráfica... mas não estavamos celebrando uma 'redução de preços'???




2) Comparar os preços brasileiros com os americanos também é algo que tem que ser feito com muito critério ( algo em falta nessa sabatina ). Existe uma diferença brutal, sim nas condições de vida dos americanos e dos brasileiros. Uma diferença que todos podem imaginar quando pensarem: U$3,99 fazem tanta falta no bolso de um americano quanto R$6,50 no do brasileiro? Quem é da classe média e mora em centros urbanos como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e até aqui em Campinas, as vezes esquece que tem muito pai de família que sustenta uma casa com filhos com R$500,00 por mes, ou menos. E eles também são consumidores ( ou queriam ser ). Um grande administrador ( ou uma grande empresa ) não pode esquecer disso.




3) "Panini manteve suas revistas sem rajustar preços de 2005 até 2008 -- fato absolutamente inédito nesta país". Claro! Isso graças aos grandes administradores da Panini que inventaram um certo PLANO REAL e o implantaram no Brasil... ( Tem hora que é melhor ficar quieto... )








PERGUNTA 4




Uma resposta que evidencia a falta de planejamento, falta de competência ( anunciar a publicação de algo sendo que você nem ao menos se certificou que ele está em condições de publicação??? ). E uma maneira de resolver problemas que parece piada ( ele vendeu o sofá!! )








PERGUNTA 5




Primeiro não reponde a pergunta. O objetivo dela era saber porque só lançar alguns títulos em livrarias, se assim o produto fica mais caro, sem a opção de uma versão mais simples, fora das livrarias, para que as pessoas que não tivessem tanto dinheiro também pudessem ter acesso. Depois, após justificar que o preço do material para livraria é mais caro pelo melhor acabamento e que esse acabamento é uma demanda de um público mais exigente, ele nos diz que "Daqui para a frente, alguns produtos designados para livrarias e lojas especializados poderão sofrer uma flexibilização no acabamento final". Isso não seria desrespeitar o 'cliente mais exigente' abaixando a qualidade??? ( olha o sofá indo pro brchó denovo... )








PERGUNTA 6




Finalmente uma resposta quase 100% na mosca. Sim, não existe nada como o GIBI de papel. No curto e médio prazo é impossível que a produção de livros e GIBI exclusivamente digitais passe 20% do total. E eu apostaria que ainda vai levar vários séculos até que esse número passe dos 80%. O dislize foi não admitir que 'o mercado nacional tem fôlego para sair do tradicional gibi de banca'. Tem sim e já está saindo. E a grande incentivadora disso foi a própria Panini quando iniciou a distribuição setorizada, que forçou muitos, mas muitos leitores/colecionadores a se acostumar a comprar seus GIBIs pela net, pelo correio ou até via sebo ( mas isso ele sabe, não é? )








PERGUNTA 7




Essa vai por etapas:




"Não temos como mensurar o quanto a pirataria afeta o mercado de quadrinhos". Também com pesquisas altamente científicas e detalhadas como a que mostrou o 'perfil do leitor brasileiro', não tem como mensurar nada.




"Mas, por exemplo, se alguém escaneia Lanterna Verde #1, disponibiliza na internet e, consequentemente, mais 50 pessoas baixam a revista, 50 exemplares deixam de ser vendidos" É, não dá pra mensurar, mas dá pra chutar! E que chute, hein? Quem conhece os leitores/colecionadores sabe que não é bem assim. Produtos mais baratos você compra pra experimentar. Se é caro ou não se tem dinheiro sobrando procura-se conhcê-lo antes de investir . E isso não é algo novo, antigamente, antes da net, os leitores/colecionadores conversavam sobre os GIBIs contavam as histórias pra quem ainda não tinha lido e até emprestavam os GIBIs para que outros lessem, e isso não diminuia as vendas, pelo contrário, incentivava.




"Citando um outro exemplo, no caso as locadoras de DVDs, muitas estão fechando as portas, pois não conseguem competir com os piratas". Ok, essa eu vou dar um desconto pois nosso amigo não é da área de dvd. Os piratas fazem a festa por causa do preço de venda. Muitos de nós já sabemos que o custo de pordução de um DVD ( mesmo levando em conta toda a produção original, atores, cenários, etc ) não justifica a venda de um box original de uma série com 6 discos por 130 reais ( a não ser que o problema seja com o custo de gráfica que faz a caixa! Vai saber, a gasolina, os funcionários... ).




"O pior é que, em última instância, o produto pirata acaba inviabilizando o modelo pirateado e, dentro de algum tempo, pode não existir mais nada para piratear" Sim, isso é correto, mas aumentar os preços, elitizar grandes títulos lançando somente em livrarias e fazer escolhas do que publicar sem levar em conta o gosto de seus consumidores não ajuda em nada a evitar a pirataria ( scans ).




"É interessante perceber que a grande maioria dos leitores que vão a um site comentar algo sobre quadrinhos são leitores de scans e afirmam que já não leem HQs impressas!" Pois bem, voltemos ao começo. Não deveria ser possível para um grande conhecedor do mercado brasileiro dos GIBIs perceber que as pessoas que frequentam sites de GIBIs e que comentam algo ( de bom ou de ruim ) são pessoas, de todos os tipos mas que em comum tem o fato de já terem se habituado a utilizar a net como seu principal veículo para fazer e manter amizades, fazer compras, saberem das novidades e inclusive, EXPRESSAREM SUAS OPINIÕES. Tem muita gente que eu conheço que frequenta fóruns, faz comentários em sites e blogs e que odeia scans.E mesmo que eles só lessem scans, eles continuariam sendo leitores de GIBIs, não é? Ou o 'perfil do leitor brasileiro' ao invés de significar 'perfil do leitor DE GIBIS DE SUPER HEROIS DA PANINI brasileiro' como ficou parecendo antes, significa 'perfil do leitor DE GIBIS DE SUPER HEROIS DA PANINI EM PAPEL brasileiro'?? E tem o seguinte, é fácil, mas pouco ético ao meu ver, desqualificar os clientes que te fazem críticas para justificar falhas empresariais.









A seguir:







A Revolução Panini Pt3
COMENTÁRIOS DOS LEITORES

A Revolução Panini Pt3


A Revolução Panini Pt3
COMENTÁRIOS DOS LEITORES



Vou reproduzir abaixo alguns dos comentários feitos na materia da entrevista no site Omelete por leitores que leram a entrevista. Os aqui selecionados são aqueles que achamos mais interessantes pelo seu senso crítico. Existem também comentários aprovando a revolução, elogiando a Panini e pedindo pro pessoal dar um voto de confiança pra editora. Pra conferir basta ir ao site.



Em alguns casos fizemos 'comentários dos comentários'. Voces podem identificá-los, como sempre, pela cor 'azul tristonho'.





Pedro (13/04/2010 12:44:23) RIDICULO!!!Avante Vingadores/Universo Marvel: Dobrou o preço, mas nao dobrou o numero de paginas...As demais tiraram 24 paginas, e baixaram $1,45!!!E chamar o leitor de imbecil...





Rodrigo César (13/04/2010 11:29:38) Caramba! A coisa pegou fogo mesmo! Eu só queria saber mesmo se alguém da Panini vai voltar aqui pra ler as respostas (muitas muito bem embasadas) dos leitores ou vai dar o assunto como "encerrado".



- Ao pessoal que diz que na época da Abril havia mudança constante e maior de preços: Vocês não se lembram de como tudo subia naquela época? Isso era culpa da inflação e não da Abril! O país vivia um momento economicamente ruim e isto era reflexo de uma situação maior e mais generalizada e não das vontades de uma editora;



- Aos que defendem a Panini quanto ao não aumento constante dos preços: Novamente isto é reflexo da situação econômica do país e não da "benevolência" de uma editora como disseram aqui já;



- Quanto às "pesquisas e dados" apresentados pelo editor: Tenha santa paciência, é contradição atrás de contradição! Dizer que 50 leitores de scans não compram 50 revistas (só se as revistas forem ruins, é ÓBVIO) e depois dizer que não dá pra medir o impacto da pirataria no mercado é irresponsabilidade e um tanto infantil para alguém que trabalha a tanto tempo no mercado;- Aos que defendem a pirataria: Vocês só estão certos se ainda contribuem com o mercado, se ninguém comprar, uma hora nem pra piratear vai ter e se consomem o lixo via pirataria apenas para gastar no que é bom, isto vai forçar o mercado a melhorar;



-- Agora uma dúvida que eu sempre tive quanto às decisões quanto a luxo e capas duras, a porcentagem de leitores que deixam de comprar um material por este ser caro demais graças aos "luxos exigidos" é menor do que a porcentagem que vai comprar justamente porque uma revista tem capa dura? Tudo bem que acredito que tenha gente que compre porque a capa é dura e tal (tem louco pra tudo) mas a maioria não compra pelo conteúdo? E este conteúdo não venderia mais se não fosse tão caro? Que espécie de solução é essa?



-- A entrevista do Omelete foi bem rasa, faltou muitas perguntas chave como por exemplo, como exigir que alguém desenbolse 150 contos num Sandman que não se sabe se passará do primeiro volume?Faltou imparcialidade? Ou foi orientação do próprio editor do tipo "se me prensar eu não dou entrevista alguma"?





Marcos (13/04/2010 11:41:16) Só leio o Demolidor. Pelo novo modelo terei que aguentar 148 páginas das quais apenas 22 seria do personagem.Ridídulo.Com certeza vou parar de ler



Alô, Sr.Editor, são pessoas assim que, quando encontram os scans, aderem a essa mídia e não pessoas mal intensionadas que querem acabar com o mercado.





Edvaldo (13/04/2010 11:30:23) SUGESTÃO:Sendo o Omelete um grande veículo de comunicação nerd, sugiro que o site faça uma pesquisa com os milhares (senão milhões) de Omelenautas visando saber o que os leitores querem ver publicados nos mixes da Panini, em especial esses de 144 páginas que estão levantando suspeitas e sendo "queimados" mesmo antes de serem publicados.Poderia ser em forma de enquete, onde os principais personagens estariam listados, cabendo a cada leitor CADASTRADO no site votar APENAS UMA VEZ nos títulos que eles querem ver publicados.Daí é só esperar a Panini ser competente o suficiente para construir os mixes.



Meu caro Edvaldo, o editor já mostrou que tem tido sobre controle com sua perquisa cartola de mágico ( cada vez que ele precisa ele tira um coelho novo dela ).




hougan (13/04/2010 11:36:22) o problema é que a Panini está vendo os leitores como um todo..se esquecendo que há aqueles que só curtem um personagem...se ele vai para outra revista,oleitor se obriga a comprar a outra ou deixar de acompanhar a série...sem falar naqueles que compram mais de um título que com certeza irão pagar mais caro para ver seus personagens favoritos...ganha-se de um lado...perde-se de outro...foi esse tipo de coisa que acabou com a Abril...com certeza muitos continuarão fiéis...mas há aqueles que infelizmente não conseguem manter suas coleções por causa das mudanças drásticas...se a Panini acha essas baixas acetáveis,então acho que ela tem que rever seus conceitos...




Edvaldo (13/04/2010 11:45:14) (caraca...)Deu pra perceber que os leitores têm muito mais a dizer do que simplesmente apontar os piolhos que acharam na edição? Por que a Panini quase que só publica isso nas seções de cartas?(pergunta retórica)




Carlos Eduardo (13/04/2010 13:52:50)



Comentário de Kemoth: "O fato é que o leitor brasileiro sempre vai reclamar das editoras nacionais."



E sabe por quê? Porque não é tratado como leitor, mas como consumidor. Muito embora uma editora de quadrinhos seja uma empresa e esta tenha suas políticas de gerenciamento e vendas, um consumidor de quasdrinhos, por isso mesmo, é tido como aquele que não tem escolha, que não pode optar por outro produto concorrente de qualidade semelhante ou superior.Ora, se a Panini Comics Brasil considerasse seus consumidores leitores, os trataria com menos indolência e tentaria abrir nichos em outros mercados sem sacrificar os que já tinha consolidados. Reestruturar seus produtos com vistas a atrair um público maior é válido e perfeitamente compreensível. Mas quando isso vira um manjado artifício para aumentar preços "disfarçado" de reestruturação editorial, só mostra que o cinismo dos editores vem, sim, de há muito tempo atrás e continua em pleno vigor. Quando certas mudanças são feitas para ajustes de mercado ou coisas assim, é óbvio que o leitor entende, mediante as circunstâncias em que vive. Mas não é assim que as coisas nesse mercado acontecem! Quantas editoras surgiram e despareceram ao longo dos anos, com promessas idênticas, dizendo que iriam fazer e acontecer? E, no final, o resultado foi sempre o mesmo: o leitor fica sem seu quadrinho preferido, com de arcos de histórias interrompidos e a sensação de que fora feito de palhaço. Aí, sempre surge outra editora com o mesmo papo: aproveita da "orfandade" do leitor de quadrinhos para fazer populismo editorial. Foi assim com a Metal Pesado/Brainstore/Atitude, foi assim com a Pandora e foi assim com a Pixel.Daí a razão do leitor reclamar. Ele é sempre o primeiro a ser feito de otário, pois é último a saber do destino das revistas que gosta de comprar. Ele nunca é consultado para mudanças nas revistas que compra. É ele quem fica "na mão" quando mudam seu personagem favorito de uma publicação para a outra, estragando a coleção ou complicando (e invalidando) sistemas de assinatura com isso. Claro, alguns reclamam mais que outros, mas essa "revolução editorial" infeliz só conseguiu capitalizar reclamações, principalmente daqueles que, até agora, não tinham reclamado de nada, apesar dos pesares. Isso demonstra seu grau de cansaço com essas políticas caducas.Enquanto o mercado de quadrinhos for tratado como se fosse entretenimento descartável, sem méritos outros que não um reles passatempo, editores não se sentirão obrigados a levar a sério seus consumidores (e não leitores), isso é fato. As meias respostas, as evasivas perenes e as tentativas de esconder a falta de planejamento de médio prazo para suas publicações continuarão sendo feitas. Isto é Brasil, único lugar onde a palavra revolução é sinônimo de MESSIANISMO.



Meu caro Carlos, aqui no Brasil oleitor/colecionador de GIBIs não é tratado nem como um mero consumidor. Pois consumidor tem direitos e as grandes empresas ( tirando as de telefonia e planos de saúde ) já sabem disso e procuram tratá-los com respeito e atenção. No nosso caso, estamos mais para REFÉNS!




EDIS (13/04/2010 12:53:40) Devemos parar de olhar para o próprio umbigo. se quisermos continuar a desfrutar de excelente material em banca. Não basta ler, guardar/colecionar, devemos incentivar/criar novos leitores, Pegue aqueles gibis pelos quais vc não tem mais interesse, ou tem repetido e doe para um sobrinho, amigo, vizinho quem quer que seja e demostre interesse. Deixe que sintam o cheiro da tinta (ou até mesmo do mofo) vejam o papel amarelado e aprendam a dar valor á uma boa HQ. Garanto que vale muito mais para a formação de novos leitores que simplesmente disponibilizar um link na internet.
Concordo em partes com você, Edis. Mas acho injusto jogar a responsábilidade de formar novos leitores nos antigos. É muito comodo para as editoras, bancas, comic shop e por que não até para os sebos ver os colecionadores comprando a mais ou desfazendo de parte de sua coleção para manter vivo o hábito da leitura de GIBIs ( e os lucros das grandes empresas ).




 
Mitchel (13/04/2010 14:00:24) "Tanto a Marvel quanto a DC Comics aumentaram recentemente o valor de suas revistas, as quais têm apenas 36 páginas (incluindo as capas), podendo chegar a U$ 3,99, o que, convertido pela cotação mais baixa do dólar, daria por volta de R$ 6,95. Detalhe: são apenas 22 páginas de quadrinhos!"Não é verdade. Para compensar seu aumento de preços, a DC colocou em várias revistas uma segunda história de menos páginas, as Second Feature, passando as revistas com essas histórias terem 44 páginas.Pior que li em algum lugar que no fórum da editora o Oghh disse não ter planos para essas histórias curtas.O que ainda não entendi nessa explicação de que a diminuição de páginas da revista aumenta o preço, foi que no aumento de páginas das revistas (as de 148 páginas) aumenta mais ainda o preço. Pelo pensamento da Panini/Mythos, as revistas de 148 páginas não poderiam custar R$ 14,90




Vader (13/04/2010 14:07:12) Não é meio contraditório o cara falar que a maioria do público gosta da revista no papel e que a maioria do público não tem acesso a internet e que a maioria do público não gosta do formato digital e que mesmo assim a pirataria é um problema?Ué, mas a pirataria é digital e é lida direto na tela do PC. Se a maioria das pessoas não tem internet e prefere ler no papel, então a pirataria não deveria ser problema!Ou esse cara não sabe o que tá falando ou as editoras tem uma visão muito defasada da realidade dos quadrinhos, principalmente do formato digital e suas possibilidades.Ou as duas coisas.




Brunno (13/04/2010 09:30:49) CONCLUSÃO:Primeiramente gostaria de agradecer ao (o)melete pela atenção dispensada aos seus leitores. Como alguns testemunharam, fui um dos críticos sobre a postura do site em relação à abordagem desta mudança e acredito que vocês cumpriram com o objetivo principal, noticiar e dar espaço aos dois lados para se manifestarem (nós, leitores e a Panini, representada pelo Helcio de Carvalho).
Em segundo lugar, gostaria de agradecer ao próprio Helcio de Carvalho, por me fazer perder meu tempo lendo tanta incoerência num mesmo lugar. Acredito que o senhor perdeu uma excelente chance de estreitar a relação com seus consumidores e esclarecer melhor toda a "mudança" efetuada pela Panini. Cito partes conflitantes das suas respostas:




"O leitor de quadrinhos médio brasileiro tem entre 15 e 35 anos"- Jura?! Com base em quais dados? Foi feita uma pesquisa? Essa pesquisa visava só à idade dos leitores, né?! Já a satisfação com a publicação do material...




"Costuma comprar quase todas as edições mensais publicadas pela Panini, bem como algumas edições especiais"- Se o grande consumidor da Panini são as pessoas que compram quase tudo, porque uma estratégia de marketing para quem compra pouco?




"A maioria dos leitores já deixou bem claro que compraria mais se as revistas fossem mais baratas"- Uma das poucas coisas realmente coerentes! Então porque não baratear mais ainda e lançar apenas os títulos de um personagem só por revista, quase nos moldes americanos? Afinal, o senhor mesmo disse que isso é viável...




"Então, ao reduzirmos a estrutura das revistas para 3 histórias por edição, estamos deixando o mix mais de acordo com o que o leitor aprecia"- Sério?! Com base em quais dados? Foi feita uma pesquisa? Essa pesquisa visava só à apreciação dos leitores, né?! Já a satisfação com a publicação do material...




"Por último, não podemos esquecer que a Panini manteve suas revistas sem reajustar preços de 2005 até 2008 - fato absolutamente inédito neste país"- Por favor, não insulte seus consumidores. O fato foi inédito em decorrência da inédita "estabilidade econômica" alcançada, não em detrimento da benevolência de uma editora.




"Edições especiais costumam atrasar por diversos motivos que fogem à nossa vontade (...) perto da época de tradução e letreirameno, fomos surpreendidos com a notícia de que a editora americana não tinha os arquivos digitais e estava digitalizando a publicação naquele momento"- Meu Deus?! Esse é o atestado de burrice mais claro que alguém no mercado editorial brasileiro já produziu! COMO você se propõe a editar um material sem mesmo saber é possível? Significa que todas as decisões são baseadas no "achismo"? É o que parece...




"Daqui para frente, alguns produtos designados para livrarias e lojas especializados poderão sofrer uma flexibilização no acabamento final. E estamos sempre avaliando formas de reduzir preços" - Ora, vai diminuir a qualidade dos produtos de livraria mesmo o consumidor sendo mais exigente? Não consigo encontrar na literatura especializada sobre marketing uma estratégia que corresponda a este processo...




"A grande maioria de nossos leitores prefere comprar seus gibis impressos, para guardá-los na estante, como itens de colecionador"- Vai lá em casa ver a bagunça que seus vários formatos provoca na minha estante...




"O leitor médio brasileiro não necessariamente tem acesso à Internet em sua residência ou a equipamentos mais sofisticados"- Ah?! Com base em quais dados? Foi feita uma pesquisa? Essa pesquisa visava só à posse dos leitores, né?! Já a satisfação com a publicação do material...




"Se tudo virasse digital, ele com certeza não poderia acompanhar o que publicamos"- E o que vocês NÃO publicam?"Impressão sob demanda é uma possibilidade, mas não a curto prazo"- Por quê? O que está sendo feito para mudar este cenário?! Vocês estão no mercado a quase dez anos e ainda considera isso um curto prazo?




"Não temos como mensurar o quanto a pirataria afeta o mercado de quadrinhos"- Então não presuma que se 50 pessoas baixam a revista, 50 exemplares deixam de ser vendidos! Isso é irresponsabilidade.




"É interessante perceber que a grande maioria dos leitores que vão a um site comentar algo sobre quadrinhos (como aconteceu em relação à divulgação das mudanças editoriais da Panini) são leitores de scans e afirmam que já não leem HQs impressas!"- Generalizando de novo? As criticas mais veementes e melhor fundamentadas são de leitores e compradores. Os leitores de scan estão justificando a opinião deles. Se estiverem certos ou não, não me interessa. Eu sou o leitor que compra! E é comigo que você deve se preocupar
Eu considero o assunto encerrado.O Helcio de Carvalho perdeu uma oportunidade ouro... E deixou bem claro que a editora está aí, arriscando, na tentativa de acertar o alvo. Se vai acertar eu não sei. Mas acho difícil. Uns vão parar de comprar, outros vão diminuir o que compram e outros passarão a comprar. Será que os últimos serão mais numerosos que os primeiros? E não se enganem. A Panini só vai dar ouvidas as nossas queixas quando propuser sua próxima ‘reestruturação’.




Acho que existem pessoas que estão a muito, muito, muito, muito tempo envolvidas com este mercado e que seria hora de propor algo novo e mais jovem. Não se pode pensar em quadrinhos hoje como a vinte anos atrás. E as mesmas pessoas de vinte anos atrás estão aí até hoje...




Nós, colecionadores, vamos reclamar e não vai adiantar nada. Mas não digam que eu não avisei! E sou o primeiro a pegar em tochas se vocês quiserem incendiar o castelo.




Podemos discutir planos de boicote... Uma revista por mês... Um protesto civilizado e organizado... Enviar um nariz de palhaço para cada assinante da Panini... Inscrever os funcionários em cursos de marketing, administração, gestão empresarial... Chamar o Justus!...Unidos podemos mais. Avante Vingadores




A seguir:

A Revolução Panini Pt4
CONCLUSÃO
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